12 de novembro de 2024
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Cirurgia para hérnia de disco: quando é necessária?

Cirurgia para hérnia de disco: quando é necessária

A cirurgia para hérnia de disco é necessária em casos graves de compressão nervosa que causam dor intensa e perda de função, sem resposta ao tratamento conservador

A cirurgia para hérnia de disco é uma intervenção que se torna necessária quando o tratamento conservador – como fisioterapia e medicamentos – não alivia os sintomas e o paciente continua com dor intensa, fraqueza muscular ou perda de função em um ou mais membros. A hérnia de disco ocorre quando o material interno do disco intervertebral, localizado entre as vértebras, se projeta para fora e comprime as raízes nervosas ou a medula espinhal, provocando sintomas que podem variar de dor leve a incapacidades motoras e sensoriais significativas. A cirurgia para hérnia de disco tem como objetivo remover ou reduzir essa pressão sobre os nervos, aliviando os sintomas e restabelecendo a mobilidade e a qualidade de vida do paciente. A seguir, detalharemos as indicações, os procedimentos, os cuidados e os possíveis riscos da cirurgia para hérnia de disco.

A hérnia de disco é uma condição comum e pode ocorrer em qualquer parte da coluna vertebral, embora seja mais frequente nas regiões lombar e cervical. A escolha pela cirurgia depende da localização da hérnia, da gravidade dos sintomas e da resposta do paciente ao tratamento não cirúrgico. Em casos leves, a maioria dos sintomas pode ser aliviada com repouso, fisioterapia e medicamentos. No entanto, quando a compressão nervosa persiste, a cirurgia é considerada como opção para evitar danos permanentes.

Existem várias técnicas cirúrgicas para tratar a hérnia de disco, incluindo discectomia, microdiscectomia e cirurgia endoscópica, cada uma com abordagens diferentes para remover o material herniado e aliviar a pressão. A recuperação envolve cuidados específicos e, em alguns casos, fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor da coluna e prevenir a recorrência.

A cirurgia é eficaz para a maioria dos pacientes que apresentam sintomas graves e não controlados. No entanto, como qualquer procedimento, apresenta riscos que devem ser avaliados antes da decisão. A seguir, abordaremos detalhadamente as indicações, o procedimento, os riscos e os cuidados pós-operatórios na cirurgia para hérnia de disco.


Quando a cirurgia para hérnia de disco é indicada?

A cirurgia para hérnia de disco é indicada quando a condição causa sintomas severos e persistentes que comprometem a qualidade de vida e a função física. Geralmente, o tratamento cirúrgico é considerado nos seguintes casos:


  • Dor intensa e incapacitante: Pacientes que apresentam dor que interfere nas atividades diárias e que não respondem a medicamentos ou fisioterapia.
  • Fraqueza muscular: A compressão de nervos pode causar perda de força em membros, como pernas ou braços, dificultando a realização de tarefas simples e aumentando o risco de quedas.
  • Perda de função motora e sensorial: Em casos mais graves, a hérnia de disco pode comprometer funções motoras e sensoriais, levando a perda de reflexos e sensibilidade nos membros afetados.
  • Síndrome da cauda equina: Em casos de hérnia lombar grave, pode ocorrer compressão dos nervos da cauda equina, resultando em perda do controle da bexiga e intestino, além de dor intensa e fraqueza nas pernas, sendo essa uma emergência cirúrgica.



Essas indicações são discutidas em conjunto com o neurocirurgião, que avaliará o quadro clínico e os exames de imagem, como ressonância magnética, para determinar se a cirurgia é a melhor opção.


Como é feita a cirurgia de hérnia de disco?

A cirurgia de hérnia de disco é feita com diferentes técnicas, que variam conforme a localização da hérnia e a abordagem necessária. As técnicas mais comuns incluem:


  • Discectomia: Este procedimento envolve a remoção da parte do disco que está comprimindo o nervo ou a medula espinhal. A discectomia pode ser feita por via anterior (frente) ou posterior (costas) e é recomendada principalmente em casos de hérnia cervical.
  • Microdiscectomia: Uma versão minimamente invasiva da discectomia, realizada com o auxílio de um microscópio cirúrgico. A microdiscectomia requer uma pequena incisão e causa menos danos aos tecidos, permitindo uma recuperação mais rápida.
  • Cirurgia endoscópica: Nesse procedimento, o cirurgião utiliza um endoscópio para acessar o disco, fazendo pequenas incisões para remover o material herniado. É uma técnica minimamente invasiva que pode reduzir o tempo de internação.



Cada técnica tem suas indicações específicas e é escolhida de acordo com o quadro clínico do paciente. O objetivo é sempre descomprimir o nervo, aliviando os sintomas de dor e recuperando a função.


Como é a recuperação da cirurgia de hérnia de disco?

A recuperação da cirurgia de hérnia de disco varia conforme a técnica utilizada e o estado de saúde do paciente. Em geral, a recuperação inclui:

  • Repouso inicial: Nos primeiros dias, o paciente deve evitar atividades que exijam esforço ou movimentos bruscos para permitir a cicatrização.
  • Fisioterapia: Após a fase inicial, a fisioterapia é introduzida para fortalecer a musculatura ao redor da coluna, promovendo estabilidade e prevenindo futuras lesões.
  • Retorno gradual às atividades: Em média, pacientes que realizam microdiscectomia ou cirurgia endoscópica podem retornar ao trabalho leve em 4 a 6 semanas, enquanto aqueles que passam por discectomia aberta podem levar mais tempo.

A adesão a essas orientações é fundamental para garantir uma recuperação segura e evitar complicações.


A cirurgia de hérnia de disco tem riscos?

Embora a cirurgia para hérnia de disco seja amplamente segura, ela envolve alguns riscos, que variam conforme a complexidade do caso e a técnica cirúrgica. Os principais riscos incluem:

  • Infecção: Como em qualquer procedimento cirúrgico, existe o risco de infecção, que é minimizado com o uso de antibióticos e cuidados pós-operatórios.
  • Lesão nervosa: A manipulação dos nervos durante a cirurgia pode causar lesões, embora seja raro. Em casos graves, pode resultar em dormência, fraqueza ou dor residual.
  • Recorrência da hérnia: Em alguns casos, o disco pode voltar a herniar no mesmo local, especialmente se o paciente não adotar medidas preventivas no pós-operatório.

Esses riscos são discutidos com o paciente durante a avaliação, permitindo que ele tome uma decisão informada sobre o procedimento.


A hérnia de disco pode voltar depois da cirurgia?

Sim, existe a possibilidade da hérnia de disco voltar depois da cirurgia. Essa condição, chamada de recidiva, pode ocorrer devido a fatores como predisposição genética, estilo de vida e atividades de alto impacto. Para reduzir o risco de recidiva, recomenda-se:

  • Adoção de posturas adequadas: Manter a coluna alinhada ao sentar e levantar é fundamental para proteger a região operada.
  • Evitar atividades de alto impacto: Esportes de contato, levantamento de peso e outras atividades intensas devem ser evitados ou realizados com cautela.
  • Exercícios de fortalecimento: A fisioterapia e exercícios de fortalecimento ajudam a estabilizar a coluna, reduzindo a pressão sobre os discos e minimizando o risco de uma nova hérnia.


O que acontece se não operar a hérnia de disco?

Em casos graves, a não realização da cirurgia para hérnia de disco pode levar a complicações sérias. A compressão prolongada do nervo pode resultar em danos permanentes, causando perda de força, diminuição da sensibilidade e, em situações extremas, disfunção dos órgãos pélvicos, como intestino e bexiga. Nos casos de síndrome da cauda equina, por exemplo, a cirurgia é essencial para prevenir danos irreversíveis.

Essas complicações destacam a importância de uma avaliação médica cuidadosa para identificar o melhor momento para a intervenção cirúrgica, caso ela seja necessária.


Conclusão

A cirurgia para hérnia de disco é uma opção eficaz para pacientes com sintomas graves e persistentes que não respondem ao tratamento conservador. Com uma variedade de técnicas disponíveis, como discectomia, microdiscectomia e cirurgia endoscópica, a cirurgia pode oferecer alívio duradouro e restaurar a função. O sucesso do tratamento depende de uma avaliação detalhada e de um programa de reabilitação bem conduzido, com ênfase na fisioterapia e na adoção de hábitos saudáveis para prevenir recorrências. A decisão pela cirurgia deve ser feita em conjunto com o neurocirurgião, levando em consideração os benefícios e os riscos de cada técnica para garantir a melhor recuperação possível.


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